26 January 2025
2025/01/17 - 00:04

Declaração do Ministério das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã sobre o acordo de cessar-fogo em Gaza

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Em nome de Deus

فَاصْبِرْ إِنَّ وَعْدَ اللَّهِ حَقٌّ ۖ وَلَا يَسْتَخِفَّنَّكَ الَّذِينَ لَا يُوقِنُونَ

O Ministério das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã parabeniza o povo resistente da Palestina e a resistência palestina, assim como todos os apoiadores e amigos da resistência na região e no mundo, pela histórica vitória alcançada com o acordo de cessar-fogo em Gaza. Este acordo é o resultado da resistência, coragem, valentia e resiliência incomparáveis do grande povo da Palestina e de Gaza diante de um dos maiores genocídios e deslocamentos forçados da história. Além disso, é fruto da solidariedade e apoio unânimes do povo de Gaza à resistência digna e à luta contra a expulsão forçada dos palestinos.

O regime de ocupação e genocídio de Israel, ao longo de mais de 15 meses, com a violação flagrante, sistemática e abrangente dos princípios e normas fundamentais do direito internacional, dos direitos humanos e do direito humanitário, e cometendo os mais graves crimes de guerra e crimes contra a humanidade, perseguiu o plano de "eliminação colonial" do povo palestino, iniciado há 8 décadas com o apoio ou o silêncio das potências coloniais, com uma brutalidade sem precedentes. Ao ultrapassar todas as linhas vermelhas legais e morais, esse regime registrou um novo nível de selvageria na história. O massacre insano de seres humanos, especialmente mulheres e crianças, a destruição de casas e infraestruturas vitais, a aniquilação de hospitais e escolas, os ataques a campos de refugiados e tendas de deslocados, e os ataques a jornalistas, médicos e enfermeiros foram exemplos recorrentes de crimes cometidos nos últimos 15 meses, realizados com o duplo objetivo de erradicar a Palestina e quebrar o espírito de resistência.

               Durante esses 15 meses, o que encorajou e incentivou o regime sionista na execução do plano de genocídio da Palestina foi o apoio total e direto dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e diversos outros países ocidentais. Ao garantirem a impunidade dos líderes desse regime, esses países impediram qualquer ação eficaz das Nações Unidas para interromper os crimes do regime de ocupação e frustraram os esforços internacionais, incluindo os do Tribunal Internacional de Justiça e do Tribunal Penal Internacional, para responsabilizar e punir os criminosos. Sem dúvida, esses países, como cúmplices nos crimes cometidos pelo regime sionista, devem ser responsabilizados.

              Espera-se que, à luz da recente mudança e com a assistência da comunidade internacional e o papel ativo dos responsáveis atores internacionais, testemunhemos a implementação plena dos acordos estabelecidos, incluindo a interrupção total do genocídio e dos massacres em Gaza, a retirada completa dos ocupantes, a assistência humanitária imediata e abrangente à Faixa de Gaza, o início imediato do processo de reconstrução dessa região e a redução do sofrimento do povo resistente e paciente de Gaza.

             Paralelamente à interrupção do genocídio em Gaza, a comunidade internacional deve, com extrema cautela e sensibilidade, atentar para as graves violações do direito internacional, do direito humanitário e dos direitos humanos na Cisjordânia, bem como os ataques contínuos do regime de ocupação à Mesquita de Al-Aqsa. Além disso, deve enfrentar de forma séria e eficaz a agressão do regime sionista em toda a Palestina ocupada e adotar as medidas necessárias para a detenção, julgamento e punição dos líderes criminosos do regime israelense, por terem cometido os mais graves crimes internacionais, conforme as disposições do Tribunal Penal Internacional.

Aos mártires ilustres da resistência contra a opressão, a tirania, a ocupação e o genocídio do regime sionista, especialmente aos mártires Esmail Haniyeh, Yahya Sinwar, Sayyed Hassan Nasrollah, Sayyed Hashem Safieddine, e aos milhares de combatentes palestinos, libaneses, iraquianos, iemenitas e iranianos que deram suas vidas pela nobre causa da Palestina e pela proteção da região contra o expansionismo, as violações da lei e os crimes do regime israelense, enviamos nossas saudações e respeito à grande família da resistência, reafirmando o compromisso com a continuidade do caminho legítimo e justo que seguem.

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