10 Patrimônios da Humanidade que ficam no Irã

Há uma série de locais históricos e atrações turísticas no Irã que foram registrados pela UNESCO como Patrimônios da Humanidade. Por isso, este país milenar é um destino muito apreciado por aqueles que desejam visitar locais que históricos. Esta lista mostra os Patrimônios que foram registrados até 2009, mas há ainda outros locais que foram incluídos mais recentemente como o santuário Sheikh Safi al-din Khānegāh  em Ardabil e o Bazar Histórico de Tabriz (2010), os Jardins Persas (2011) e o Gonbad-e Qabus (2012).
 Tchogha Zanbil  (1979) 
Localizado na província do Khuzestan, este é um templo histórico em forma de zigurate cercado por três enormes muralhas concêntricas construído sob o reino de Elam, c. 1250 a.C.  Na origem, o templo localizado no centro era um edifício quadrado, dedicado ao deus sumério Inshushinak. Este templo foi então convertido em um zigurate do qual constitui o primeiro andar. O atual nome de Tchogha-Zanbil é persa, e corresponde à antiga cidade de Dur Untash, que foi  fundada como uma capital religiosa durante o período elamita por Untash-Napirisha (1275-1240 aC). Este é um dos últimos zigurates que ainda existem fora da Mesopotâmia. Cobrindo uma área de 42 km a SSO de Dezful, 30 km a O de  Susa e 80 km a N de Ahvaz.
 Persépolis (1979) 
É o local histórico mais famoso e popular no Irã. Um complexo palaciano inspirado nos modelos da Mesopotâmica construído sob Dario, o Grande em 518 aC.Persépolis que é nomeada em persa de Takht-e Jamshid foi a capital do antigo império Aquemênida. As magníficas ruínas de Persépolis se encontram na planície de Marv Dasht ao pé da serra Kuh-i-Rahmat a cerca de 650 km ao S de Teerã e a aproximadamente 70 km a NE de Shiraz. Os edifícios de Persépolis incluem três grupos: os quartéis, o Tesouro e os salões de recepção do rei. Alguns dos grandes marcos do complexo são o Portão das Nações, o Palácio Apadana de Dario e o Salão das Cem Colunas e outros palácios.
 Meidan-e-Imam (1979) 

Também conhecida como Naqsh-e Jahan ('Imagem do Mundo" em persa). Construída pelo xá Abbas I, o Grande, no início do século  XVII é uma das maiores e mais belas  praças do mundo rodeada por monumentos da era Safávida,  situada no centro da cidade de  Isfahan. A Mesquita Shah (ou Masjed-e-Imam) situa-se no sul desta praça e no lado oeste encontra-se o Palácio de Ali Qapu. A Mesquita de Sheikh Lotfallah situa-se a leste da enquanto ao  norte se encontra o Grande Bazar de Isfahan. (Ver também o post As Belezas de Isfahan).


 Takht-e-Soleyman (2003) 
Em persa significa "Trono de Salomão", é um sítio arqueológico nas montanhas, localizado no NO do Irã (província do Azerbaijão Ocidental), onde se encontram várias estruturas  pré-Islamicas como os antigos templo do fogo e da água. O sítio inclui o santuário Zoroastriano parcialmente reconstruído no período Ilkhanid (Mongol) séc. XIII, bem como um templo do período sassânida (séculos VI e VII) dedicado ao deus Anahita. A composição e os elementos arquitetônicos criados pelo Sassanidas exerceram uma forte influência não só no desenvolvimento da arquitetura religiosa no período islâmico, mas também em outras culturas. 
 Pasárgada (2004) 
Atualmente um sítio arqueológico na província de Fars, a 87 km a nordeste de Persépolis. Este local histórico foi a primeira capital do império persa sob a dinastia  Aquemênida fundada por Ciro II, o Grande no séc VI a.C. O sítio cobre uma área de 1,6 km², e contém uma estrutura que acredita-se ser o mausoléu de Ciro, o forte de Tall-e Takht em uma colina próxima e as ruínas de um palácio real e os famosos jardins. Os jardins mostram o exemplo mais antigo dos chahar bagh persas, ou "jardins quádruplos". Na literatura brasileira, Manuel Bandeira, consagrou o nome da cidade como um lugar ironicamente ideal, em Vou-me embora pra Pasárgada.

 Arg-e-Bam (2004) 
Situada em um ambiente desértico na margem sul do planalto iraniano na província de Kerman  (SE do Irã) é uma antiga cidade murada originalmente construída sob  a dinastia Aquemênida e suas origens remontam ao séc. VI - IV a.C. Seu auge foi durante os séc. VII a XI, sendo importante cruzamento de  comerciantes através da Rota da Seda. Arg-e Bam é o exemplo mais representativo de uma cidade fortificada medieval construída com inteiramente em adobe e da utilização de canais de irrigação que garantiram sua sobrevivência. Após o terremoto de 2003 ter destruído 80% da cidade com um total de quase 30.000 vítimas, atualmente o governo iraniano está trabalhando em sua reconstrução com ajuda internacional.

 Soltaniyeh (2005) 
Reconhecida como Patrimônio da Humanidade em 2005. Situada na província de Zanjan, é a capital histórica da dinastia Ilkhanid fundada pelos mongóis, onde está localizado o mausoléu do imperador Oljaytu construído em 1302-12. O edifício octogonal é coroado com uma cúpula de 50m de altura coberto de azul-turquesa, faiança e cercado por oito minaretes esguios. A decoração interior do mausoléu também é impressionante. Soltaniyeh (que em persa significa "imperial" é um dos exemplos notáveis as realizações da arquitetura persa e um monumento-chave no desenvolvimento de sua arquitetura islâmica. 

 Bisotun (2006) 
Conhecida também como Behistun ("o lugar de deus" em persa antigo). Localizada na capital da província de Kermanshah (O do Irã), esta é a maior escrita em rocha do mundo consistindo de 1119 linhas de escrita cuneiforme em três idiomas. O baixo-relevo retrata Dario, o Grande segurando um arco, como sinal de soberania, pisoteando uma figura que segundo a lenda, representa Gaumata, pretendente ao trono cujo assassinato levou à ascensão de Dario ao poder. De autoria de Dario, a inscrição de aproximadamente 15 m de altura por 25 m de largura e 100 m acima de uma pedra calcária começa com uma breve autobiografia e descreve uma seqüência de eventos após a morte de Ciro, o Grande e Cambises II (c.522 - 486 aC).

 Monastérios Armênios (2008)  
Existem três conjuntos monásticos dos cristãos armênios que vivem no Noroeste do atual Irã: São Tadeu, São Stepanos e a Capela de Dzordzor. Os mosteiros sobreviveram cerca de 2.000 anos de destruição, tanto de origem humana, como de desastres naturais. Eles foram reconstruídos várias vezes de acordo com as tradições culturais dos armênios. Hoje são os únicos vestígios importantes da cultura armênia na região. O mais antigo deles, que remonta ao sec. VII, é o local presumido do túmulo do apóstolo de Jesus Cristo, São Tadeu e ainda  hoje  é um  local de peregrinação para a Igreja armênia conhecido como Qara Kelisa(a "Igreja Negra").  

 Cachoeiras de Shushtar (2009)  
Localizadas na província do Khuzestan, estas cachoeiras são obras-primas da engenharia dos antigos povos da Pérsia. Concebido e concluído no séc. III a.C., o complexo hidráulico inteiro inclui cachoeiras, represas, pontes, tanques, moinhos, etc e ainda hoje se encontra em funcionamento. As cachoeiras são planejadas e escavadas na rocha sobre o curso de água escolhido pelos engenheiros antigos. Sua construção se beneficiou do conhecimento tecnico dos antigos elamitas e  mesopotâmios na irrigação do canal, e posteriormente foi aperfeiçoada pelos nabateus e romanos.
Baseado em UNESCO World Heritage Center e Wikipedia  e   http://chadelimadapersia.blogspot.com.br/2012/07/10-patrimonios-da-humanidade-que-ficam.htm