O aiatolá Raisi, presidente da República Islâmica do Irã, chegou a Nova York para participar da 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. Durante sua visita, ele aproveitou a oportunidade para abordar várias questões críticas, incluindo a posição do Irã no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Em discussões com gerentes seniores da mídia americana na segunda-feira, 27 de setembro, o presidente Raisi rejeitou firmemente as alegações de envolvimento de Teerã na venda de armas à Rússia para uso na guerra da Ucrânia. Ele reiterou a oposição do Irã ao conflito e expressou sua disposição de mediar entre a Ucrânia e a Rússia na esperança de acabar com as hostilidades em andamento. Ao abordar a alegação de que drones iranianos estavam sendo fornecidos à Rússia para o conflito, o aiatolá Raisi desafiou aqueles que fizeram tais alegações a fornecerem provas concretas. Ele revelou que uma reunião foi realizada em Omã com a Ucrânia, onde se esperava que eles apresentassem provas de suas alegações, mas não o fizeram. O presidente Raisi enfatizou a necessidade de transparência, afirmando que, se houver provas confiáveis, elas devem ser apresentadas para análise.   O aiatolá Raisi reafirmou a disposição do Irã de atuar como mediador no conflito entre a Rússia e a Ucrânia O presidente Raisi também questionou a abordagem dos Estados Unidos em relação ao conflito, pedindo que eles se concentrem em acabar com a guerra em vez de fornecer armas. Ele levantou preocupações sobre o fato de os EUA lucrarem com a continuidade do conflito e com a venda de armas para a Ucrânia, enfatizando a importância de esforços internacionais coletivos para pôr fim à guerra.   Sobre o assunto do acordo nuclear de 2015 e as conversas em andamento entre Teerã e Washington, o presidente Raisi criticou os Estados Unidos por não cumprirem seus compromissos e acusou a Europa de não cumprir suas obrigações. O presidente do Irã citou a confirmação repetida da Agência Internacional de Energia Atômica sobre a conformidade do Irã com seus compromissos nucleares e enfatizou a natureza pacífica da indústria nuclear do Irã.   Em resposta a uma pergunta sobre a posição do Irã em relação à normalização das relações entre os países árabes e o regime sionista, o presidente Raisi afirmou que essa normalização não levaria a uma maior segurança. Em vez disso, ele defendeu uma solução democrática para a crise palestina, ecoando as propostas feitas pelo líder supremo do Irã, Ayatollah Khamenei.   Ele enfatizou a necessidade da formação de um governo que reflita os desejos do povo palestino, pondo fim a décadas de opressão e conflito. As declarações do presidente Raisi em Nova York ressaltam o compromisso do Irã com a paz regional e global e sua disposição de desempenhar um papel construtivo na resolução de conflitos internacionais.